A
família chegou ao Brasil em abril de 1902,
vinda de uma pequena cidade do interior da
Itália. Antonio
Morisqui e Rosa Morisqui, descendentes de
italianos,
casados, e seus filhos gêmeos, Izabel e
Francisco, que
estavam com dois anos.
E o tempo passou...
Vovó Izabel, quase sempre rodeada de seus
netos
contava as suas histórias. Que viajara para o
Brasil vinda
de uma pequena cidade do interior da Itália,
em um
grande navio chamado “Marco Pólo”, lotado de
imigrantes;
uns fugiam da guerra, outros procuravam uma
vida
melhor. Seu pai viera juntar dinheiro com
rodo—lavoura
de café.
Contava ainda, que os fazendeiros esperavam
os
imigrantes no porto e os transportavam até
suas terras;
e fora assim, que a família Morisqui
instalou-se na cidade
de Castelo, no Espírito Santo. A pequena casa
onde moravam
ficava no meio do cafezal, numa imensa gleba
de
terra. Lembrava-se do pai reclamando sobre o
que observava:
“Parece que a escravidão não terminou por
aqui.
As casas dos colonos são distantes umas das
outras, e há
muitos capangas armados vigiando as divisas
da fazenda”.
E que todas as manhãs, bem cedo, ela escutava
o
cavalgar dos cavalos dos capangas, que iam
de casa
em casa, quase obrigando os trabalhadores
saírem para
a colheita do café. Seu pai retornava só
quando as estrelas
já apareciam no céu.
A folga dos empregados era aos domingos,
quando
podiam visitar parentes ou amigos, e
participar da religiosidade
— ladainhas pela manhã e de tarde a oração do
terço. Andavam mais de meia hora no meio do
cafezal,
até encontrar os irmãos; de dois em dois
meses havia a
santa missa.
E vovó Izabel continuava: “Certa ocasião, eu
e o
mano Francisco, com 8 anos, saímos para
apanhar laranjas
e mexericas. Havia muitos pés de frutas entre
a
lavoura de café. Levamos um canivete muito
bonito, que
era pendurado por um cordão de prata e preso
com uma
argola foliada a ouro, que meu avô dera para
papai antes
de embarcarmos para o Brasil; nosso pai tinha
um ciúme
enorme dessa ferramenta.
Após longa caminhada, paramos debaixo de um
pé de laranja. Que maravilha! Estavam todas
amarelinhas.
Fartamo-nos com as deliciosas frutas,
sentados na
relva admirando a paisagem: Harmonia! Paz! O
silêncio,
às vezes, era quebrado pelo cantarolar dos
pássaros.
Quando resolvemos voltar, demos conta de que
havíamos perdido o canivete, coloquei a culpa
em meu
irmão, porém ele afirmava que era minha.
—E agora? O que fazer? — disse e comecei
chorar.
Chiquinho, apelido do mano, também estava
muito
nervoso. Então sugeri a ele, que nos
ajoelhássemos e
rezamos para a Virgem — como nossa mãe fazia
quando
estava em dificuldades. Estávamos na quarta
Ave-Maria,
acredito que mal rezada, pois mamãe ainda
estava nos
ensinado a orar, quando olhei para trás.
Fiquei pasma!
Com o cotovelo, dei uma esbarrada no mano, e
disse
baixinho: — Olhe ali, perto daquele pé de
banana.
Era uma linda mulher! Alta, longos cabelos
negros,
morena, com um roupão de cor rosa. Em seus
ombros havia um pano azul, também brilhava, um
cintilar
que ofuscava nossos olhos; e ela estava
descalça. Movia
os lábios, mas não a ouvíamos. Não sei se ela
falava
comigo ou com o mano, só sei dizer que eu
entendi sua
mensagem: “Não tenha medo! Eu, em outra
ocasião,
também vou lhe socorrer”.
Francisco, apavorado, levantou-se e me puxou:
— Vou para casa e vou apanhar uma faca para
matar
aquela mulher. — Saímos correndo e quando
chegamos
nossa mãe quis saber por que estávamos
assustados.
Contamos-lhe o fato. Ela ficou apreensiva e
disse.
— Não mora nessa fazenda ninguém com essa
descrição.
Voltamos então, e mamãe nos acompanhou: —
Qual o
local exato que estava a mulher? — Francisco
caminhou
mais dois metros e batendo com o pé ao solo,
respondeu.
— Foi aqui mama!
O mais curioso foi que ao bater com o pé no
chão,
ele o fez, exatamente, em cima do canivete, e
feliz gritou.
— Izabel, achamos!
Retornamos para casa, no céu apareciam
estrelas.
Papai acabara de chegar da lavoura e lhe
relatamos os
fatos. Nesse momento olhei para um quadro
pendurado
na parede da sala, que eu nunca havia notado
e exclamei:
— Pai! Mãe! Vejam, era essa mulher que estava
lá.
Admirada, mamãe arrancou o lenço que usava
na cabeça, o jogou sobre a mesa e exclamou: —
Izabel,
minha filha, essa é a imagem de Nossa
Senhora! Não é
possível ser a mesma mulher. — O mano e eu
estávamos
mais entusiasmados por ter recuperado o
canivete de
papai, e assim, a aparição foi esquecida.
Passados alguns anos, fomos morar próximo a
São
Pedro do Itabapoana, na fazenda Barra Mansa.
Meu pai
se tornara um dos colonos da fazenda da
família Vivas.
Enamorei-me por um belo jovem, Adolfo
Gonçalves
Vivas. No inicio não me aprovaram, pois eu
era filha de
colono, mas nos apaixonamos e casamos.
No meu casamento, mano Francisco presenteou-
me com uma imagem de Nossa Senhora,
confeccionada
em madeira, modelada por ele. Graças a Deus,
Adolfo e
eu fomos muito felizes, tivemos nove filhos.
Vivemos em
Santo Antonio do Muqui, onde o Cartório de
Registro Civil
nos pertencia.”
Vovô Adolfo faleceu aos 78 anos, e Vovó
Izabel
teve um câncer no fígado.
No momento de sua morte, ela estava rodeada
por alguns de seus filhos e uma grande amiga,
uma professora.
Naquele instante um perfume de rosas tomou
conta do quarto. Vovó abriu os olhos e
exclamou:
—Veja! É ela... Você... Minha Santa!”.
A professora que sabia de sua história, pediu
a
uma das filhas que apanhasse no outro quarto
a imagem
de Nossa Senhora para que Izabel pudesse contemplá-la.
E assim foi feito. Colocaram a imagem em sua
frente:
—Não é essa! É aquela senhora que está ali
sorrindo para mim — disse vovó apontando na
direção
em que via a presença da mulher. Seu
semblante ficou
plácido.
Izabel sorriu, fechou os olhos e adormeceu para
sempre.
É preciso dizer adeus
Quem chega a Santo Antônio do Muqui, um
distrito
do município de Mimoso do Sul, logo percebe o
coreto,
quase no centro daquela vila. Seus moradores
respiram
cultura, há muitos eventos folclóricos e
festas religiosas.
Era final da década de 30. Antonio que ficara
viúvo,
muito cedo, e com uma filha pequena, se casa
novamente
e dessa união nascem mais dois filhos. O
tempo
passa e Ana, filha do primeiro casamento e
seus irmãos
por parte de pai, já fazem parte da juventude
da vila.
— Olha aquele rapaz! Parece artista! —
exclama
Ana. Era um jovem moreno de estatura média,
vestido
com uma calça de boca muito larga cor bege,
tecido panamá,
e uma camisa branca. Estava ele mãos nos
bolsos,
do Sr. Antônio do Alfredo, olhando
distraidamente
para a vitrina daquela casa comercial.
Ana fica ansiosa para conhecer o visitante.
Coisa
de moça do interior. Ela dá meia volta e
retorna, mas o
jovem não estava mais admirando a vitrina. —
Será que
ele já foi? — pergunta consigo mesma e deixa
o local.
Naquele mesmo dia, ao voltar da capela de
Santo
Antônio, onde fora participar do culto de
domingo, Ana
dá de encontro com o tal jovem, mas agora num
estado
bem diferente. Ele estava estirado ao chão,
ela passou
perto e fingiu não vê-lo. No mês seguinte,
soube que o
jovem viera da capital, Rio de Janeiro, pois
seus pais não
mais o suportavam, apesar de ser o único
filho do casal.
Mas Ana estava encantada e o jovem não saía
de seus
pensamentos.
O natal de 1922 se aproximava, a vila
esperava
como acontecia todos os anos, o folclórico
religioso —
“As pastorinhas” — no qual Ana fazia uma das
personagens,
a “Jardineira”. Logo após viria a Folia de
Reis. Ela
estava ansiosa. — Se ele estiver aqui no dia
da minha
À meia noite, em frente ao presépio, a
pastorinha
“Jardineira” começa a bailar para receber o
menino Jesus.
O jovem estava lá, as pernas e mãos de Ana
ficaram
trêmulas, seu coração dispara, e seus olhares
se cruzam.
No dia seguinte, 25 de dezembro, como armação
do destino, aconteceu um encontro inesperado,
cara a
cara. — Nossa, você! — exclama Ana.
— Sim, já sei o teu nome, seu pai é
fazendeiro da
região...
— Mas, como sabe? Descobri também que você é
da capital, mas não lhe conheço.
— Meu nome é José, estou aqui para seguir meu
destino. Minha estória é grande e devo
relatá-la por inteiro,
mas vou começar a lhe dizer: Necessito de sua
presença
junto a mim, desde que a vi meus dias
tornaram-
se diferentes, eu não consigo afastar você
dos meus pensamentos,
embora ainda, eu não a conheça.
“Foi assim o nosso encontro, papai foi contra
o namoro,
dizia ser José um desconhecido e, além disso,
um
dependente do álcool. Mas engravidei, meus
pais marcaram
e apressaram a data do casamento.
No início da vida a dois, foi tudo
maravilhoso. José
trabalhava como odontólogo, mesmo sem ter
concluído
os estudos. Nossa filha Marisa nasceu,
morávamos numa
casa, nos arredores da vila e cedida por meu
pai, vivíamos
com algumas dificuldades.
Em quatro anos de casados, José se embriagou
por
dezenas de vezes, em algumas sem perder o
estado sóbrio,
mas o clima começou a mudar drasticamente
entre
nós. Ele tinha um ciúme doentio, às vezes,
seu olhar me
assustava, ele investia contra mim
argumentando coisas
sem sentido, que não existiam, ou que eu não
tinha como
responder. Nosso relacionamento estava cada
vez pior,
ele me batia, me agredia com palavras também.
Marisa
completara 5 anos e já havia presenciado
muitas cenas
horríveis entre nós.
Minha madrasta e meu pai, que contribuíam com
mesada e alimentação, resolveram parar de me
ajudar,
a fim de que eu abandonasse aquele inferno de
vida. Mas
apesar de tudo, ainda eu amava meu marido.
Ele perdeu
o emprego, e sem o apoio financeiro dos meus
pais passou
a se embriagar constantemente. Por diversas
vezes
encontrei-o caído pelas ruas da vila.
Meses depois, José recebeu uma
correspondência
de um advogado da capital, na qual informava
a morte
de seus pais motivada por um acidente
automobilístico.
Ele era o único herdeiro e deveria ir ao seu
escritório.
E assim foi o nosso adeus... Lembro-me que no
dia
de sua partida, no ano de 1928, lhe pedi que
me deixasse
algum dinheiro, ele retirou do bolso uma
moeda de 100
Réis, e em estado ébrio, a colocou em minhas
mãos. Desesperada
e chorando lhe disse. — Só essa moeda, como
vou poder sustentar nossa filha?
E ele sarcasticamente respondeu. — Vire-se!
— Vou lhe dar esse troco em algum dia! —
prometi.
Passado algum tempo, mudei para a cidade
Mimoso
do Sul, renunciei ao vínculo familiar, talvez
devido ao
meu orgulho machucado, quando não aceitei os
conselhos
de meu pai ou críticas à vida que eu levava
com
José. Arrumei trabalho, lavando e passando
roupas para
a vizinhança, e assim sustentava-nos, Marisa
e eu.
Nunca mais ouvi falar de José, minha filha
começou
o curso normal, no Colégio Estadual da
cidade. Eu
carregava a esperança de ver nossa vida
melhorar, pois
certa ocasião, em uma palestra dada na
paróquia, ouvi
uma reflexão: “Certa caixa, muito bem
embrulhada conservava
em seu interior filosofias da vida. Alguém
muito
curioso tentou abri-la, de onde escaparam o
divórcio, o
adultério, a droga, a traição... Esse alguém
muito espantado
fechou-a com rapidez, mas ainda, nela ficou
presa
a esperança...”
Certo dia, minha filha chegou do colégio
dizendo
que um velho de barba branca sentado no banco
da praça,
chamara sua atenção deixando-a intrigada pela
sujeira
que o mesmo apresentava, comentei com ela.
— Algumas pessoas não tem sorte na vida.
No final daquele ano, 23 de dezembro, um
grande
momento esperado: a formatura de Marisa.
Estávamos
felizes. No quintal eu recolhia as roupas
secas do varal,
enquanto minha filha, na sala, dava os
últimos retoques
no vestido de formatura e no arranjo do
cabelo.
— Ó de casa. — Alguém chamava no portão,
gritei
para que Marisa atendesse. De longe vi um
homem, que
pela aparência era o tal velho de barba
branca. Cheguei
mais perto, sem que eles me notassem tentando
ouvir o
que falavam, e quase fiz uma arte ao esbarrar
e balançar
a árvore de Natal que eu mesma armara com
tanto cuidado
para saudar o nascimento de Jesus.
Minha filha após um breve diálogo entrou em
casa.
Logo voltou trazendo um pedaço de pão com
manteiga,
uma xícara de café com leite e entregou ao
velho, que
permaneceu ali comendo e bebendo. Afastei-me
e entrei
na cozinha levando as roupas recolhidas do
varal. Marisa
veio em seguida. — Mãe, era aquele velho da
praça, disse
que estava faminto, então levei-lhe café e
pão.
— Bondosa atitude! — elogiei.
— Mãe tem aí algum dinheiro trocado, pois o
mendigo
também me pediu?
Lamentei, pois não havia dinheiro algum,
gastara
tudo com as compras para a formatura, porém
nesse
exato momento me veio à lembrança a partida
de José,
anos atrás. Ele deixara uma moeda de 100
Réis, que eu
havia colocado num bule de café, ficou
esquecida.
— Marisa, há uma antiga moeda, dentro do bule
sobre o armário, pegue e ofereça ao velho.
Hoje, não vale
como dinheiro, mas é de prata e deve ter
algum valor.
Um silêncio tomou conta do ambiente, imagens do
passado vieram à minha mente, pensei que
estivesse sonhando,
e sem poder controlar minha própria vontade
meus passos seguiram os de minha filha e
fomos juntas
até o portão.
Como Deus enviou seu único filho para nos
salvar,
não me atemorizei e enquanto Marisa oferecia
a moeda
ao velho, eu disse.
— Feliz Natal, José!
— Este é o seu pai, minha filha!”
Solidão a dois
É triste a solidão! Amarga e dolorida
Eu imaginava que fosse fácil amar
Não te valorizei, despedacei a tua vida,
Perdoe-me o jeito de te procurar.
Minha mediocridade te levou à depressão
Silêncio, egoísmo, autoestima esquecida,
Nas teias da indelicadeza, magoei teu
coração,
Desculpa-me, esqueci até da nossa união
ungida.
Eu te anulei com fútil vaidade,
Não renovei tua autoconfiança
Só pensando em minha felicidade.
Não sei falar bonito, só sei que te amo,
Tira-me desse sepulcro, não há outra opção,
Continua minha rainha, dá-me a ressurreição!
Vidas paralelas
Finais momentos de felicidade
Abraça-me com urgência,
Tristeza é mania de ansiedade
Examina tua consciência.
O teu descaso por mim foi perdoado
Não esquecerei um amor tão profundo
De súbito em nós despertado laço forte,
Maior desse mundo.
Senta-te aqui, não sejas uma fera.
Conta-me os dissabores de tua vida
Não fiques assim, estou à tua espera.
Minha alma sente que é inevitável
Adeus! Peço perdão se te ofendi
Redime esse cupido miserável.
Vou te dizer adeus
Desejo poetar com clareza,
Esmiuçar sua intimidade...
Sentir o esplendor da saudade
Na tepidez de sua beleza.
Na adolescência, lhe chamava, tigresa,
E ainda trago o pudor, forte lealdade!
Mas falta-lhe sutil caridade
Que em mim lhe exalta, com certeza.
Hoje, não posso vê-la sozinha
E nem me sentir tão só,
Passado deserto, ao meu lado caminha
As rugas vão sulcando agora
Todo esse amor... A história,
Que em minha face, triste, descora.
O velho e o idoso
Afirmam que o velho é nocivo,
Ninguém gosta de envelhecer,
Juventude eterna é sonho de todo ser,
A idade, o rigor, nada é decisivo.
Velho não aceita a realidade nascida,
O idoso admite tal inovação,
Ambos levam a história da vida,
Ser velho aos 18 ou 70, depende da criação.
O profundo jamais envelhece,
Sentimento é o coração do ancião,
Carrega a coroa de glória em prece.
O velho vai ao encontro da miopia,
O idoso não se fecha para o amanhã,
Espírito jovem, semente de alegria.
Independência x comemoração
Faltam-nos independência e esperança,
Quando não temos digna oposição.
Gasta mais do que arrecada, nada alcança,
É saco furado!Comemora vazia ilusão.
Dinheiro distribuído não estimula confiança,
O Homem não quer ajuda, grita por missão,
Necessita do anzol, trabalho árduo e andança,
Deus recomendou:“O seu suor em troca do pão”.
Falta-nos independência e sobra impunidade,
Corrupção, privilégio, escândalo...
Apadrinhamento, mordomia e imunidade.
“Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”,
Quem sabe na próxima comemoração,
O político seja ético e restaurador.
Amar é humano
Desejo namorá-la à moda antiga,
Beijar-lhe a face e a mão,
Você me fere me instiga
Faz do meu corpo um corrimão.
Trago flores à rainha do jardim,
Meu olhar brilha, meu amor lhe ofereço.
Você me alucina: Coitado de mim!
Perdi o freio, agora só resta o começo.
Você está linda!É assim que eu a vejo.
Sobre o leito nupcial, vou lhe amar,
E sua boca exaltar com terno beijo.
Meu desejo você desprezou,
No mais puro e santo momento,
Mas em nossas vidas, um fruto ficou.
Por quê?
Tudo em torno de mim é incerteza
Sem você, meu destino se evapora
Com essa tepidez revelo só tristeza
O meu amor puro mandou embora.
Por quê?
Enamorei-me de sua beleza
Dos seus olhos, sua voz, leve e sonora
Entreguei-lhe tudo!
O afeto... Minha natureza
Sem saber seu nome, e até onde mora.
Por quê?
Não me sai da memória
Muito sonhei construir consigo história
Morarmos numa cabana: linda e forte!
Sua ausência me fará crua saudade
Talvez só a esqueça na eternidade
Ou lhe amarei, mais ainda, após a morte.
Quinto mandamento
Necessário é nascer de novo!Acredite,
A vida humana é o meu continuar.
O Pré-natal tem de se respeitar.
Morte provocada! Um dia vou lhe cobrar!
Antes que tu foste fecundado
Todos os anjos, por ti a suplicar.
Antes de ser ao mundo depositado,
Reconhecia-me! Que tudo era bom!
Volte para mim
Conheci vários amores,
Amores entre aspas
Que só deixaram desilusão
Uma delas se enamorou
Por causa do meu caminhão.
Adolescente pequena!
Chama-me a ficar consigo
E dengosa me acena.
Não seja como o táxi
Que logo pega outro
Quando alguém lhe abandona.
Atenção querida menina,
Se paixão fosse imortal
Seu beijo seria vitamina.
É triste vê-la assim
Correndo na contramão,
Nos bares da esquina
Tomando cana com limão.
Garota encantada
Pense na vida
Não tenha horas marcadas
Fique somente comigo
Dos outros basta só o nome.
Seus atos abrem o apetite,
Mas nunca matam a fome.
Jovem selvagem,
Anda dizendo ser a tal
Convida a conhecer sua embalagem,
Não quero ser um escravo
Nem use malandragem.
Não me transforme em tarado.
Peço-lhe, vamos viver,
Pois a vítima pode ser você,
Não dê mais um pulo novo
Não seja igual à pipoca,
Volte para mim!
É ruim cair na boca do povo.
Todo o teu passado...
Já não existe para mim
Foi perdoado!
Vamos viver na bonança
Eu te amo...
Perdoá-la será a minha vingança.
Que panos são esses?
O rosto vivo é o mesmo rosto morto
Sabedoria de quem a face limpou
Afronta príncipes Pilatos e Caifás
No pano a imagem de Jesus ficou
Tradição vinda dos apóstolos
Oculto no Livro Sagrado
Sangue, rosto desfigurado
Um trai, outro nega, outros fogem
Desassombro e generoso amor
Aqui Jesus ao caminho do calvário
Resplandecente, não deixa transparecer sua
dor
Insultado, martirizado até o fim
Os soldados arrancam as suas roupas
E as sorteiam entre eles,
As marteladas...Dilacerando a pele,
Todo mau sendo perdoado,
O pano de linho cobriu o crucificado,
Ao terceiro dia ressuscitou, no
Lençol a Sua imagem ficou
Hoje são colocadas as duas imagens
A primeira sobre a segunda
São as mesmas faces,
A ciência maravilhada!
Os cientistas mais ainda
Intermitência, definitivo,
Doação da própria vida
Eterna sua meta,totalmente cumprida
Eterna sua meta,totalmente cumprida
Nem todos possuem a mesma fé
Trazemos dentro de nós
Imperfeições, mediocridade
Cadê o corpo transpassado pela lança?
O amor, a arqueologia e a ciência
Sangue espécie Humana, tipo AB.
Natal diferente
Motivado pelos dramas
Queda da sustentabilidade
O enigma de culpados inocentes
O naufrágio da ética
O big brother dos vícios
Amazônia e a nossa fronteira
Os escândalos de surpresas
Da nossa política financeira.
Da tragédia de nossas cidades
Do aquecimento global
Da alavanca divina esquecida
Contribui para erro fatal.
Assim sendo, guloseima e bebida
Risquei do mapa,
Vai ser diferente o meu natal
Nem lembrança ou presente
Troco o cartão pelo aperto de mão
Resgato esse valor livre
Família, comunidade.
Nem loja e nem vitrine...
Amigo!
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Se não houver tempo
Pode ser virtual
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Num verdadeiro Espírito de Natal
Abrace os que lhe rodeiam
Num amor universal.
Final de 2013
Serei solidário
Ao autorretrato que desenhei
Ao tocar o sino, lá do alto do campanário
Numa sensibilidade genial, quero saudá-lo!
Haverá harmonia geral
Compartilho contigo
Esse histórico real.
Em pensamento, aperto a tua mão!
Leitor amigo
Feliz Natal, meu irmão!
Biografia
Alci Santos Vivas Amado nasceu em 1945, no
distrito
de Santo Antônio do Muqui, Mimoso do Sul,
Estado
do Espírito Santo.
Estudou no colégio plurodoscente - Escola
Estadual
do distrito de Santo Antônio do Muqui, onde
fez o primário.
No Rio de Janeiro, Resgatou a Educação Primária na Escola "Pires e albuquerque, 7º distrito de Educação Supletiva. Foi morar com os
tios,
fez o 1º e 2º grau – Escola Machado de Assis.
No SENAI
fez os cursos profissionalizantes, Arquivista
e Correspondente
Comercial.
Em Vila Velha-ES, serviu no Quartel, Antigo
Batalhão
de Caçadores – 3º. BC.
Trabalhou na Usina Nuclear de Angra dos Reis
–
Rio de Janeiro, como Assistente
Administrativo.
Casado há trinta e oito anos, com D. Maria
José
Ribeiro Amado. O casal tem dois filhos: Pablo
Ribeiro
Amado e Thiago Ribeiro Amado.
Retornou à terra natal, onde se aposentou.
É Católico Apostólico Romano, e exerce seu
ministério
nas Comunidades Eclesiais de Base. É catequista
para adultos. Ele e a esposa são integrantes
da Pastoral
Familiar, dão os Encontros de Noivos para o
Sacramento
do Matrimônio.
Torce pelo Vasco da Gama.
Prestou serviços voluntários nas Comunidades
de
Base. Faz parte em vários movimentos e
Associações de
bairro: ACORSAM, COMIM, AVECAM, FAMOM, AMAC.
Recebeu diversos certificados, alguns em nome
dos
serviços prestados voluntariamente à
comunidade: Certificado
de participação no Encontro de Casais com
Cristo,
Certificado de Treinamento contra o vírus da
AIDS,
Certificado no Trabalho Sobre Questões da
Deficiência
Física, Certificado do curso de Técnicas de
Marketing,
Certificado do Curso de Teologia Pastoral,
Certificado do
Curso de Treinamento de Liderança,
Certificado do Curso
de Encontro Catequético, Certificado de
participação
na 1ª. Conferência Intermunicipal de Saúde,
Certificado
de aprovação do Curso Informática,
Certificado de participação
na 3ª. Conferência Nacional da Saúde.
Escreve desde os 14 anos de idade, poesias,
sonetos,
cordéis, contos e peças teatrais.
Participou como historiador do Catálogo Bacia
do
Rio Itabapoana, no Folclórico “A Pastorinha”.
Resgate
promovido pelo SEBRAE e FAOP – Federação e
Artes de
Ouro Preto–MG.
Participou das edições: Antologia de
Escritores Brasileiros,
Ed. RB.; da Coletânea de Poemas, Crônicas e
Contos,
“Eldorado”; da Antologia de Poesia e Prosa,
“Amor
em Versos”; da Agenda Literária 2011; da
Antologia “Sonetos
“Eternos” e do Guia de autores contemporâneos
“Galeria
“Brasil” do Celeiro de Escritores/Ed.
Sucesso.
Publicou três livros: “Santo Antônio
Descendente
de Corpo Inteiro”, “Insinuações Poéticas” e
“Duelo & Perdão”.
E dois em FlipBook: “Valores dos Bens
Culturais” e
“Sonetos Eternos”.
Recebeu troféu da Rádio FM-87,9 – Mimoso do
Sul
do programa “Cantinho de Seu Coração”, pelo
1º Lugar
com a poesia: “Uma casa entre os pinheiros”.
E Prêmio
no concurso de poesias, promovido pela Rádio
FM-87.9
– Mimoso do Sul, pelo 2º lugar com o poema:
“O Objetivo
do Poeta”.
Recebeu da Escola “Antônio Acha” um
Certificado
pelos trabalhos literários apresentados em
exposição da
escola.
Recebeu da Escola “Monteiro da Silva”,
Diploma
de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços
prestados
ao município de Mimoso do Sul.
Recebeu “A Comenda Sócia Cultural José
Arrabal
“Fernandes” pelo poder Executivo Municipal de
Mimoso
do Sul-ES.
Foi membro da APOLO - Academia Poçoense de
Letras
e Artes, onde ocupou a cadeira nª 54.
É membro efetivo e fundador da ALMA-Academia
de Letras Mimosense e Artes.
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